As pinturas de Carole Gibbons se destacam entre o trabalho de seus contemporâneos. Suas pinturas são uma explosão de cores e sugerem narrativas de escuridão e luz. São ricas em simbolismo e narrativa que recorrem a motivos da história da arte e à histórias pessoais. Em seus primeiros trabalhos, o foco é na mitologia e, embora a artista tenha se concentrado em temas domésticos em um período posterior de sua carreira, as imagens de retratos, conchas, cavalos, gatos e outras criaturas reaparecem ao longo de sua obra. Os sujeitos - retratos de amigos, figuras, naturezas mortas, animais e paisagens - são trabalhados e retrabalhados ao longo dos meses e dos anos. Sempre ferozmente independente, Carole Gibbons é uma artista que sempre negou qualquer rótulo de gênero associado a seu trabalho. Ao contrário, insistiu em ser reconhecida como uma artista, ao invés de ser categorizada ou marginalizada por ser mulher. Embora não seja tão conhecida quanto seus pares entre o público contemporâneo, é uma das pintoras mais singulares dentre a geração que emergiu de Glasgow na segunda metade do século XX. (Texto de Debi Banerjee)