O trabalho de Federico Herrero (San José, Costa Rica, 1978) parte da observação da paisagem urbana e natural da Costa Rica para criar composições cromáticas que transcendem os limites tradicionais da pintura. Seu vínculo com o país é determinante: foi ao retornar a sua terra natal, após estudos nos Estados Unidos, que consolidou uma comunidade artística local e encontrou um modo de produzir arte mais enraizado, orgânico e independente dos humores do mercado internacional.
Com uma abordagem processual e intuitiva, e uma paleta vibrante e sensível às camadas da paisagem, sua pintura evoca os verdes, azuis e tons terrosos da natureza tropical, em diálogo com os signos e estímulos visuais da cidade. Herrero entende a cor como som, ritmo e matéria viva, capaz de ocupar tanto a tela quanto o espaço arquitetônico, expandindo-se em murais, instalações e intervenções públicas. Essa dinâmica rítmica, quase musical, atravessa toda a sua prática e se manifesta tanto em seus trabalhos de ateliê quanto nas intervenções urbanas, onde pigmentos parecem flutuar ou gravitar no espaço. Para Herrero, pintar é criar paisagens mentais e emocionais que convidam à contemplação e à conexão sensorial.
Vencedor do Leão de Ouro de melhor jovem artista na 49ª Bienal de Veneza, em 2001, Herrero vive e trabalha em San José, onde também desenvolve iniciativas voltadas à arte como ferramenta educacional e social.
Exposições individuais incluem: Luisa Strina, São Paulo (2025); A Piece of Waterfall in the Sound of Crickets, The Gallery at Windsor, Vero Beach, Florida (2024); James Cohan, Nova York (2023); Táctiles, Kunsthalle Lissabon, Lisboa (2022); The sun and the moon, Mendes Wood DM, Bruxelas; Night Blue, Sies + Höke Gallery, Düsseldorf (2021) Museo Nacional da Costa Rica (2020), Museu de Arte Contemporânea de Niterói (2019); Witte de With, Roterdã (2018); Museum of Contemporary Art Chicago (2018); Sies + Höke Galerie, Düsseldorf (2017).
Exposições coletivas incluem: All About 25, James Cohan, New York, EUA (2025); Light Is Therefore Colour, Galerie Tschudi, Zuoz, Suíça (2023); Contemporary Art Museum St. Louis (2022); Thailand Biennale, Korat (2021); Museo Amparo, Puebla, MX (2019); Geometries, Onassis Cultural Center, Atenas (2018); X Biennial of Central America (2018); South London Gallery, Londres (2016); MOCAD Museum of Contemporary Art, Detroit (2015); Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York (2014).
Coleções das quais seu trabalho faz parte incluem: CCA Wattis Institute for Contemporary Art, São Francisco, EUA; Ella Fontanals-Cisneros Collection, Miami, EUA; Hara Museum of Contemporary Art, Tokyo, Japan; ME Collectors Room, Berlim, Alemanha; MUDAM, Luxembourg; MUSAC, Castilia y León; Museo de Santander, Esapanha; Museu Reina Sofia, Madri, Espanha; MUAC Museo Universitario de Arte Contemporáneo, Cidade do México; Philadelphia Museum of Art, EUA; Saatchi Gallery, Londres, Reino Unido; Solomon R. Guggenheim Collection, EUA; Tate Collection, Reino Unido; 21st Century Art Museum, Kanazawa, Japão.