Através da escultura, do desenho e da instalação, a prática de Eduardo Basualdo (Buenos Aires, Argentina, 1977) explora os limites entre realidade e ficção, percepção e colapso. Seu trabalho parte de questões elementares ligadas ao ciclo natural da Terra, criando experiências imersivas que propõem atmosferas de tensão, suspensão ou iminência. Basualdo concebe suas obras como dispositivos de impacto sensorial e simbólico, capazes de interromper o ordenamento acelerado do cotidiano e instaurar estados de presença e contemplação.
Ao longo de sua trajetória, Basualdo desenvolveu uma poética centrada na materialidade bruta e no poder dos elementos, com ênfase em estruturas dramáticas que evocam forças invisíveis, fragilidade coletiva e a potencialidade do desastre. Para o artista, a arte deve ser direta, capaz de capturar o espectador sem depender de mediações conceituais, criando situações em que o corpo e a mente estejam presentes, desarmados, em contato imediato com a obra. Seu interesse pela instalação nasce da urgência de criar experiências que escapam da lógica de consumo e distração que rege o dia-a-dia sob o neoliberalismo. Elementos como grades, pedras, cordas e materiais industriais adquirem sentidos ambíguos, funcionando como metáforas visuais de sistemas de crença, contratos falidos e estruturas prestes a ruir. Para além das questões políticas e filosóficas, seu trabalho também dialoga com o teatro e o cinema, aproximando o visual e o performático e buscando capturar o espectador em um tempo ficcional, quase hipnótico, no qual a experiência sensível antecede a análise.
Exposições individuais recentes incluem: In Media Res, Ruth Benzacar, Buenos Aires, Argentina (2025); Pupila, Museo de Arte Moderno de Buenos Aires, Argentina (2022); Corona in Eduardo Basulado’s imaginary universe, Kunsthalle Dusseldorf, Alemanha (2021); Casa Naranja, Córdobar, Argentina (2020); La Cabeza de Goliat, Musée d’Art Contemporain Les Abattoirs, Toulouse, França (2018); Arena, MuBE - Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia, São Paulo, Brasil (2017).
Exposições coletivas recentes incluem: Under Construction, Museo de Arte Contemporáneo Hamburger Banhof, Berlin, Alemanha (2022); Recovering Histories, Recovering Fantasies, 2nd Bienal Sur, National Museum, Riyadh, Arábia Saudita (2019); Immediately before and shortly after, Centro de Arte Contemporáneo Hotel de Inmigrantes, Buenos Aires, Argentina (2019);
Picasso et l’Exil, Musée d’Art Contemporain Les Abattoirs, Toulouse, França (2019); Secretos Compartidos, Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina (2019); All the World’s Futures, 56a Bienal de Veneza (2015); XII Bienal de La Habana. Havana, Cuba (2015).
Coleções das quais seu trabalho faz parte incluem: Picasso et l’Exil, Musée d’Art Contemporain Les Abattoirs, Toulouse, França; Secretos Compartidos, Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina; Recovering Histories, Recovering Fantasies, 2ª Bienal Sur, National Museum, Riyadh, Arábia Saudita; Musée d Art Contemporain de Rochechouart, França; Tiroche de Leon Collection, Israel; Juan e Patricia Vergez, Buenos Aires.