Mario García Torres (Monclova, México, 1975) orienta sua prática por afetividade, uma constante revisão histórica e o uso de estratégias narrativas que borram as fronteiras entre fato e ficção. Atuando no campo da arte conceitual, seu trabalho investiga os bastidores da produção artística, os vazios da história da arte recente e os modos como discursos se constroem e se sustentam institucionalmente.
Ao longo de mais de duas décadas, ele tem lançado mão de uma ampla variedade de meios — filme, vídeo, instalação, som, performance, pintura e texto — para explorar incertezas, gestos efêmeros e contranarrativas em obras que frequentemente reencenam, reinterpretam ou revisitam eventos e personagens esquecidos da arte e da cultura do século XX. Na visão do artista, a obra de arte só se completa na interação — direta ou indireta — com o outro, e os museus e as instituições culturais devem ser espaços de produção ativa de conhecimento. Com uma produção que desafia classificações fáceis, Garcia Torres propõe, antes de tudo, um olhar questionador sobre os modos de fazer, lembrar e imaginar a arte e suas histórias.
Exposições individuais de destaque: A History of Influence, Fridericianum, Kassel, Alemanha (2024); La Paradoja del Esfuerzo, Taka Ishii Gallery, Tóquio, Japão (2024); gettare la spugna, Galleria Massimo Minini, Brescia, Itália (2024); Cositas, Arte Abierto, Cidade do México, México (2024); The Space Under My Chair & The Music I Was Listening To, MASA, Cidade do México, México (2024); AScene That Cannot Be Easily Explained, Galeria Luisa Strina, São Paulo, Brasil (2023); I Can’t See Regret in Here, Jan Mot Gallery, Bruxelas, Bélgica (2023); LASuite, Fondation Walter & Nicole Leblanc, Bruxelas, Bélgica (2023).
Participou de exposições internacionais como a Bienal de Sharjah 13, Emirados Árabes Unidos (2017); Manifesta 11, Zurique (2016); Bienal de Berlim (2014); Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2013); Documenta 13, Kassel (2012); Bienal de São Paulo (2010); e a Bienal de Veneza (2007) para citar algumas.
Seu trabalho é parte de várias coleções privadas ao redor do mundo. Além disso, pode ser encontrado em coleções públicas como a do MoMA, Nova York; Centre Pompidou, Paris; MUAC | Museo Universitario Arte Contemporáneo e Museo Tamayo, Cidade do México; Hammer Museum, Los Angeles e Tate Modern, Londres.