A obra Redemoinhos, de Leonilson, é uma das peças emblemáticas de sua produção, especialmente no contexto de sua investigação sobre memória, tempo e identidade. Inserida em um momento de transição em sua trajetória, a obra antecipa o tom mais introspectivo e delicado. Com traços circulares e formas que evocam o movimento da água, Redemoinhos simboliza o turbilhão emocional e existencial que atravessa sua obra, refletindo a constante fluidez da memória e a inevitável passagem do tempo. Leonilson transforma a superfície em um campo sensível de afetos, em que o gesto poético substitui qualquer narrativa direta. Como em grande parte de sua produção autobiográfica, Redemoinhos atua como um espelho íntimo da condição humana que é frágil, mutável e profundamente marcada pelas ausências e afetos do vivido. [Leonilson’s Redemoinhos [Swirls] stands as one of the most emblematic works of his career, particularly within the context of his exploration of memory, time, and identity. Created during a transitional phase in his artistic journey, the piece anticipates the more introspective and delicate tone that would come to define his later work. With circular marks and forms that evoke the movement of water, Redemoinhos symbolizes the emotional and existential turbulence present throughout his practice, reflecting the constant fluidity of memory and the inevitable passage of time. Leonilson transforms the surface into a sensitive field of emotion, where poetic gesture replaces direct narrative. As with much of his autobiographical work, Redemoinhos serves as an intimate mirror of the human condition—fragile, ever-changing, and deeply shaped by absence and the affective traces of lived experience.]