Tonico Lemos Auad (Belém, Brasil, 1968) investiga o significado simbólico, afetivo e cultural dos objetos e materiais do cotidiano, com especial interesse pelas formas como esses elementos se conectam a tradições populares e paisagens do Brasil e do Reino Unido — Auad vive e trabalha em Londres.
Com formação em arquitetura, desenvolveu um interesse profundo pelas maneiras como os indivíduos interagem e negociam com o espaço. Esse olhar arquitetônico reverbera em sua abordagem poética e experimental, marcada pela justaposição de elementos materiais e simbólicos, e pela constante desconstrução de estruturas para a criação de novas ordens possíveis. Suas obras têxteis, esculturas em madeira, pedras ou plantas incorporam técnicas artesanais e saberes manuais, evocando uma temporalidade dilatada e propondo alternativas ao ritmo acelerado da produção industrial e da obsolescência programada. Auad trabalha frequentemente com materiais comuns — tecidos, pedras, plantas — muitas vezes em colaboração com especialistas e artesãos, justamente por seu potencial de gerar intimidade e identificação imediata. A partir desses elementos mundanos, constrói camadas de significação que propõem uma reflexão sobre o tempo, a paisagem e a presença humana.
Exposições individuais incluem: Desconhecido para o mundo, Luisa Strina, São Paulo, Brasil (2022); Unknown to the world, Cample Line, Nithsdale, Escócia (2021); Stephen Friedman Gallery (2018); Biblioteca, CRG Gallery, Nova York, EUA (2016); De La Warr Pavilion, Bexhill, Inglaterra (2016); O que não tem conserto, Pivô, São Paulo, Brasil (2015).
Exposições coletivas incluem: Material Worlds: Contemporary Artists and Textiles, Hayward Gallery, Londres, Djanogly Gallery, Nottingham; The Wilson Gallery, Cheltenham, Reino Unido (2025-2024); The Place I Am, Stephen Friedman Gallery, Londres, Reino Unido; Banana Branches, LAMB Gallery, Londres, Reino Unido (2023); Sound as Sculpture, The Warehouse, Dallas, EUA (2022); O Canto do Bode Comporta, Casa da Cultura da Comporta, Portugal (2021); The Missing Majority, Galleria Doris Ghetta Ortisei, South Tyrol, Itália (2021); Biennale Gherdëina VII, Ortisei, South Tyrol, Itália (2020); In the Labyrinth, Large Glass, Londres, Reino Unido (2019); New Materialism, Bonniers Konsthall, Estocolmo, Suécia (2018); Bienal de Sharjah (2017) Soft Power. Arte Brasil., Kunsthal KAdE, Amersfoort, Holanda (2016).
Coleções das quais seu trabalho faz parte incluem: Herbert F. Johnson Museum of Art, New York, USA; Pizzuti Collection, Ohio, USA; San Diego Museum of Art, California, USA; West Collection, Pennsylvania, USA; FLAG Art Foundation, New York, USA; Santa Barbara Museum of Art, California, USA; Zabludowicz Collection, London, UK; Tate, London, UK; Museum of Contemporary Art, Vigo, Spain; British Friends of the Art Museums of Israel, Israel Museum, Jerusalem, Israel; Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, Brazil; e Instituto Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais, Brasil.