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Federico Herrero
Montañas bajo el mar, 4 Novembro 2025 - 13 Fevereiro 2026
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Federico Herrero: Montañas bajo el mar

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Apresentação
Federico Herrero, Montañas bajo el mar

A pintura também pode estar olhando você¹

Jérôme Sans

 

Para sua exposição na galeria Luisa Strina, Federico Herrero apresenta uma série de quadros acompanhados por uma grande pintura realizada in situ sobre o piso da galeria - uma composição de suas emblemáticas formas geométricas em cores vibrantes. Conhecido por sua produção de obras site-specific, murais e telas compostas por formas orgânicas intensamente coloridas, o artista costa-riquenho entende a poesia como linguagem visual e busca pela arte em todas as esferas da vida. Ao criar paisagens abstratas ligadas à natureza e aos seres, e ao expandir sua prática para além da moldura tradicional da tela, Herrero jamais deixa de perseguir a abolição da fronteira entre arte e vida cotidiana. Em suas pinturas de grandes dimensões - realizadas sobre telas, mas também em paredes, pisos, tetos e janelas -, o artista extrai vibrações, movimentos e sons das formas e das cores, infundindo musicalidade e novos sentidos aos espaços que ocupa.

 

Em suas intrincadas composições pós-geométricas, Federico Herrero pinta formas que se de-formam. Ele dá vida a figuras irregulares, suaves, quase líquidas. Ao construir um novo universo - lúdico e interativo -, o pintor parece adentrar uma estética das imagens autogeradas, à maneira de artistas digitais como o batavo-brasileiro Rafael Rozendaal. Enquanto este, considerado um dos pioneiros da Internet Art, cria obras virtuais em que as formas literalmente se movem, se expandem, crescem e colidem umas com as outras num movimento incessante, Herrero utiliza o meio pictórico estático para transmitir uma sensação contínua de fluxo. Sua geometria exuberante e fluida parece vibrar sobre as superfícies planas, e estirar-se, expandir-se, inflar. Para Federico Herrero, a pintura não é nem plana nem estática. Em vez disso, ele faz a geometria respirar, inspirar e expirar, tornar-se leve, quase sem peso. Com uma estética que pode remeter ao universo dos videogames, o artista joga com as fronteiras paradoxais entre estagnação e movimento, planura e tridimensionalidade, silêncio e musicalidade - capturando, na clássica forma da pintura, o Zeitgeist da era digital. Por vezes saturadas, suas composições ecoam a abundância imagética contemporânea - um fluxo incessante, sem começo nem fim, tragado pelo redemoinho de informações infinitas, autogeradas e descontextualizadas: o insaciável ouroboros moderno do conteúdo. Essas formas, empilhadas umas sobre as outras, como se gerassem, sem cessar, novas figuras, parecem conduzir ao magma, à montanha de imagens do nosso tempo. Não seria estranho associá-las às célebres Mountains de Ugo Rondinone, nas quais blocos de pedra colossais e coloridos se equilibram uns sobre os outros. Tanto o artista suíço quanto o costa-riquenho partilham um mesmo sentido de monumentalidade - uma busca brancusiana por representar o infinito, por ascender numa Coluna sem Fim de imagens. Contudo, as formas de Herrero quase nunca se empilham de maneira ordenada. Pelo contrário, emergem de todos os lados, desafiando qualquer noção de verticalidade. Suas figuras entrelaçadas às vezes evocam falhas digitais - glitches - ou imagens pixeladas que negam ao espectador pleno acesso ao conteúdo. Com pinceladas controladas, mas vigorosas, e composições ao mesmo tempo ordenadas e orgânicas, Federico Herrero cria, com agudeza, as novas paisagens de nosso tempo: profusas, horizontais, fluidas, em perpétuo movimento. Vivas.

 

A dimensão expansiva de sua obra também se relaciona à arquitetura e às estruturas urbanas presentes em sua cidade natal, San José, na Costa Rica. O artista observa: "A maneira como construo a pintura está muito ligada à fragmentação do que vejo em meu país, onde as estruturas urbanas raramente estão concluídas".² Por meio dessa notável obsessão por um corpo urbano sempre inacabado, em constante transformação, sua produção está intimamente ligada ao movimento. Como se se expandissem e se esvaziassem, suas pinturas respiram. Herrero interessa-se em particular por como as figuras interagem entre si - pela tensão que emerge nesses espaços ambíguos e liminares, onde as formas se tocam. Essas dinâmicas intrincadas são dotadas de uma poesia enigmática inerente, comparável à das notas musicais e do som. À maneira de uma artista como Etel Adnan, Federico Herrero traduz a cor em linguagem - em poesia. Esse profundo interesse em transformar cor e forma em uma mensagem universal é um aspecto fundamental de sua obra: uma busca por equilíbrio e harmonia como um modo de melhor compreender o mundo a seu redor.

 

Com associações explícitas ao legado da arte abstrata do século XX, o uso que Frederico Herrero faz das formas e das cores para produzir sentido o situa na esteira da célebre teoria das cores de Wassily Kandinsky e da abordagem bauhausiana sobre o poder da cor e da forma. Um século depois, Herrero parece transpor para o presente as teorias do patrono da abstração russa - com formas menos precisas, mais fluídas e instáveis, que ressoam de maneira inovadora em meio à era digital. Com suas formas arredondadas, nem sempre bem definidas, o artista desafia a nitidez da abstração geométrica e resiste à pintura hard edge - termo cunhado pelo historiador da arte Jules Langsner em 1959 para caracterizar a produção de quatro artistas abstratos californianos, e que mais tarde se estendeu também à descrição da pintura abstrata geométrica produzida hoje nos Estados Unidos. Suas telas podem evocar a produção de algum artista desse movimento, como Ellsworth Kelly, pelo interesse nas formas, na economia de meios e na plenitude das cores. Ainda assim, a obra de Herrero se distancia desse estilo por sua fluidez e ambiguidade - um sutil aceno à noção contemporânea de fluidez. Federico Herrero pertence, antes, a uma espécie de soft edge painting. Como o próprio artista declara: "Sempre fui fascinado pela noção de criar uma obra na qual seja difícil definir onde ela começa e onde termina".³ Como um all-over reinventado, suas telas assemelham-se ao céu em constante mutação acima de nossas cabeças - e da cidade moderna que desconhece limites. Percorrê-las é como se perder em um labirinto contínuo, como se ver perfazendo algum infame labirinto de um videogame.

 

Ao trabalhar in situ, Federico Herrero estabelece um diálogo íntimo com a imediaticidade do espaço e reage às suas especificidades. Não surpreende que o artista tenha iniciado seus estudos em arquitetura, na Universidad Veritas, antes de se dedicar à pintura no Pratt Institute, em Nova York. Seus conhecimentos arquitetônicos alimentam o interesse por intervir em espaços públicos, por investigar como o espaço molda a percepção, e por criar novos espaços coletivos por meio da arte. Outro artista também famoso por suas pinturas murais abstratas, o estadunidense Sol LeWitt afirmou, em 1970, ao comentar sua própria obra parietal: "Minha intenção era criar uma obra de arte que fosse o mais bidimensional possível."⁴ A produção de Herrero, ao contrário, se coloca em franca oposição a essa afirmação, pois busca precisamente desafiar a planura, fazendo com que as formas pareçam crescer para fora da tela ou das paredes. Diferentemente do artista conceitual Sol LeWitt, cujas composições eram meticulosamente concebidas de antemão para que outros pudessem executá-las, Herrero aposta na improvisação, mantendo-se sempre atento ao espaço em que trabalha. Ele cita o surrealista Roberto Matta como uma de suas influências - em parte porque o pintor chileno começava as composições sem qualquer ideia preconcebida. Seguindo um processo semelhante, as telas de Herrero às vezes revelam uma qualidade expressionista abstrata, um certo gesto pictórico, um fluxo orgânico e uma espontaneidade cultivada por um método que prescinde de esboços preparatórios.

 

Herdeiro de um legado que remonta ao início da tradição muralista centro-americana do século XX, Federico Herrero dá continuidade a essa linhagem em suas pinturas sobre muros e paredes, movido pelo desejo constante de levar a arte para fora do "cubo branco" e de abolir a fronteira entre a vida real, cotidiana, e a arte. Enquanto a tradição muralista socialista - representada por pintores como Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros - servia como forma de oposição a ditaduras e regimes violentos, os murais do artista costa-riquenho parecem, à primeira vista, visualmente apolíticos. Sua abordagem se liberta do peso da iconografia e da história que costumam acompanhar o muralismo tradicional. Suas pinturas se apresentam, antes, como uma ode ao instante presente, como uma partitura aberta que se pode adentrar, imaginar e escutar. Tal como a música é considerada uma linguagem universal, Herrero faz da cor e da forma um terreno comum a todos. Um exemplo literal dessa ambição é o trabalho no Pelican State Playground, realizado em 2016, nas proximidades da South London Gallery, em que o artista pintou o chão para que as crianças pudessem caminhar e brincar sobre ele. O aspecto político e social de sua obra reside na noção de engajamento comunitário, profundamente enraizada em sua prática. Herrero sempre busca criar novas estruturas de conexão - formas de desacelerar, coletiva e individualmente, em meio à cadência frenética e apressada da modernidade.

 

É possível traçar um paralelo entre as formas entrelaçadas que estruturam as composições de Federico Herrero e o comportamento humano. A interação entre as formas é, segundo o artista, "semelhante à maneira como nós, humanos, interagimos. Algumas pessoas ocupam mais espaço, outras são mais contidas, menores ou muito intensas".⁵ Assim, algumas de suas pinturas são saturadas, com grandes formas que se chocam e se repelem; outras são espaçadas, com minúsculos pontos aqui e ali, como se flutuassem sobre a superfície - à maneira de moléculas. Em certos momentos, Herrero reduz a imagem ao mínimo essencial, como nas pinturas que representam uma baleia, uma montanha ou um barco sobre a água. Ao concentrar-se na linha do horizonte - fio condutor que atravessa muitas das obras desta exposição -, ele propõe um mundo que, a qualquer momento, pode se inclinar, em que a estabilidade do fluxo é incerta e sujeita a toda sorte de turbulências. A correlação com o comportamento humano também se revela no uso que faz da cor. Entendida como relacional, a cor reage e se transforma conforme aquilo que a cerca. "É a mesma coisa com a gente",⁶ afirma o artista. Esses paralelos traduzem sua abordagem profundamente humana e social da pintura - um gesto que conecta a abstração à vida concreta, cotidiana e sensível.

 

Sua ambição de borrar as fronteiras entre vida e arte - traço perceptível desde os anos 1990, quando Federico Herrero iniciou sua trajetória - manifesta-se com clareza em sua abordagem artística do cotidiano. Suas fotografias de padrões e objetos pintados que encontra nas ruas, às quais chama de "pinturas achadas", revelam sua fascinação pela maneira como a pintura se infiltra no tecido da vida comum - seja nas sarjetas, nas sinalizações de trânsito, nas faixas das vias, nas casas coloridas ou nas calçadas pintadas. Para Herrero, a arte pode ser encontrada em todos os domínios da vida pública. Por essa razão, ele sempre demonstrou grande interesse por pinturas que existem fora da moldura tradicional da tela. Já em 2003, na Bienal de Havana, apresentou Mapa mundi, uma pintura realizada no interior de uma piscina, na qual os visitantes eram convidados a nadar e a experimentar a obra por dentro, com o próprio corpo. À semelhança de artistas como Hélio Oiticica ou Jesús Rafael Soto - ambos criadores das célebres obras Penetráveis -, ou ainda de trabalhos como as Tendas de Carla Accardi, que convidam o espectador a literalmente penetrar nas cores e nas formas, Federico Herrero concebe a pintura como uma experiência imersiva - uma forma de navegação, um conhecimento que envolve o corpo e os sentidos.

 

Nessa exaltação da experiência sensorial, a obra de Federico Herrero emerge como um alegre hino à vida - uma ode aos elementos mais essenciais que moldam a existência: os sentidos, as formas e as cores. É nessa busca pela pureza, e por meio dessas considerações formais, que o artista costa-riquenho cria novas paisagens, novos espaços para reimaginar o mundo, o presente e o futuro. Em sua busca por criar sentido através da abstração, sua relação com a obra não é unidirecional: "O que me move é a possibilidade de que as pinturas saibam algo sobre nós, que possam compreender como devem ser e me guiar".⁷ É preciso estar disposto a mergulhar profundamente nas obras de Federico Herrero e acolher com elas um diálogo aberto e recíproco. Para o artista, você não é o único a ver. A pintura também pode estar olhando você.



1. Texto originalmente publicado por ocasião da exposição Where Melodies Dwell [Onde habitam as melodias], de Federico Herrero, apresentada na galeria Sies + Höke, em Düsseldorf, Alemanha, 2024.

2. Entrevista de Federico Herrero concedida a Jérôme Sans.

3. Entrevista de Federico Herrero concedida a Jérôme Sans.

4. Sol LeWitt. Wall Drawings from 1968 to 2007, Centre Pompidou Metz, p. 10.

5. Entrevista de Federico Herrero concedida a Jérôme Sans.

6. Entrevista de Federico Herrero concedida a Jérôme Sans.

7. Entrevista de Federico Herrero concedida a Jérôme Sans.

  
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